c o l o r i d a d e s
segunda-feira, 14 de junho de 2010
Direito urbano
quarta-feira, 2 de junho de 2010
domingo, 16 de maio de 2010
III - no princípio era um vão que cai
, upload feito originalmente por mary_robinson.
beira de estrada e significado
uma travessia de destino e vontade
assisto os corpos que passam e levam
as horas esbarradas de um encontro
que não chega
beijando, a um sorriso, grama verde
muito verde
e água que corre sem cor
permaneço na iminência de mover
o sapato risca o vento e o olhar foge
do prin ci pí cio
sexta-feira, 7 de maio de 2010
Maria parava por sabe-se lá quanto tempo, uma ou duas pitadas de ponteiros. A minha mudez era tamanha que o silêncio fazia com que meus ouvidos doessem. Enquanto ela tocava a xícara com os lábios, minha percepção mais aguçada se encontrava, penso que conseguia ouvir o líquido se movendo.
não sobre o tão fracasso.
terça-feira, 6 de abril de 2010
II - O velho que sou
Ninguém saberá por meio das minhas fatigadas vistas)
Quão vazio o vazio é.
Nem as pedras do caminho,
Nem as tristezas, que de tão pequenas encolhem.
O vazio é felicidade demais.
(Ter tudo e saber nada.
elemento
domingo, 31 de janeiro de 2010
quinta-feira, 28 de janeiro de 2010
Fotografia
Diz-se que o vermelho amargurava.
Mas seus lábios permaneciam imóveis, sabe-se porque não se ouvia. Talvez até caminhasse aquele que sentava. Que sua visão era o numinoso fechando os sentidos.
Alguém seguramente escreveu que ela mirava a Hera que subia os muros. As folhas secundárias verdes, como se as janelas de Maria se fechassem ao entardecer, mais escuras que sua íris. E depois o que vinha, não sei. Ela foi. Seu olhar ficou no muro. Tal hipnose de perfume inodoro. Atrai e prende, e ser presa atrai. Todo um resto de desfoque e uma impressão vaga de caminho.
Quanto tempo, que se mede aqui por abertura e exposição, os relógios já erram, cerram, suas pálpebras.
Diz-se fino traço negro.
O verde cala com Maria, que muda disse, quando viu o silêncio.
E eis que, ao abrirem os olhos de sombra,
assombro,
sentiram-se delineados por ternura.
domingo, 13 de dezembro de 2009
terça-feira, 10 de novembro de 2009
eu [ou como se quase diz o que se sente.]
N'um céu de mármore e grama,
A falta,
sexta-feira, 23 de outubro de 2009
I - Moro em todos os lugares
sábado, 4 de julho de 2009
: há,
Maria, Maria, se a solidão só destila fraqueza...
quinta-feira, 25 de junho de 2009
: eu emudeço. porque não dizer é dizer mais. para si, o som reverbera milhares de vezes e sentencia o infindável. minha maneira prodígia de tortura
sábado, 20 de junho de 2009
título omitido
Maria, minha querida Maria, por que nos faz de tão tolos mais tolos sermos?
Ele tocou seus fracos pontos, nós que já desatavam e pediam nova costura, entregou gotas do frasco que bebera até o quase fim. Cecil tinha Iurick contra os lábios, seios, mãos, pernas, cabelos, pés, a um metro de distância.
Insistiam em controlar o peito, mas, descompasso, não seguravam o bater, nem por intermédio, por que, Maria?, queriam resistir, por que não os deixou?
Sem saber que em verdade logo cada qual escorreria pelos dedos, onde sempre estiveram, em posição de escape. Eles ultrapassam as barreiras do espaço e atropelam o tempo, que insiste em favorecer a velocidade dos ponteiros, mas engana-se quanto ao momento, já que este é físico, possui tempo específico, a duração é minha poeticidade.
A lembrança que vibra nos ouvidos de Iurick não é a mesma no paladar de Cecil e nenhuma delas condiz com a de um observador inercial. O gosto do azul da sua voz percorre abismos alucinantes no som claustrofóbico do seu quase toque hermético.
Maria, alguém disse que no presente vivemos o futuro, mas algo me elucida que no futuro vivemos o passado.
De peso e leveza ficou todo o empuxo, como pode um navio flutuar e uma bola de chumbo afundar? Sabem tanto como nada sabem. Nunca vos importou a força gravitacional, somente o meio, porém disso apenas Maria conhece e omite. Iurick e Cecil nunca se distanciaram. As diferenças que os cercam foram as mesmas que os mantiveram iguais. A couraça do coração que descasca, no tempo específico, se iguala ao coração que nasceu descoberto e endurece.
São dois corpos colididos, mas propagam-se em ondas. Fincados no chão, permeiam seus espaços. Ela que é invadida por ele o invade e são.
Ah, desejo das estrelas, a morte só aparenta imagem no futuro de outrem. Por que até mesmo a luz sofre barreiras em percursos infinitesimais?
Se ao menos pudesse escrever uma sinfonia de cores, tocaria movimentos. Maria, Maria, sabemos que estão envolvidos pelo éter dos que se encontram e viver é mais puro que o vácuo e sua fragrância é destilada.
Estou lhe escrevendo, Maria, e escreverei pelo resto dos dias.
segunda-feira, 15 de junho de 2009
breve nota da lapiseira maluca
avisem-me se estiverem intragáveis(!).
domingo, 14 de junho de 2009
sois (em) g maior
- , ainda resiste, Nyala.
É muda, carregada de verbetes que os dicionários tentam calcular progressões infinitas ca la das, mas Nyala finda. Só Nyala finda, ninguém pronuncia o que Nyala impronuncia. Girau a segura, punho a dentro, hermeticamente pensa que pensa o que pensa. Girau deseja tocar Nyala. Deseja senti-la, mas seus dedos não ultrapassam o projeto de casca que finge se guardar.
Ela força o corpo dele para se desvencilhar, afasta, e, enfim o fita, laço de fita, ele a prende no iminente andar. Era uma tortura, afinal, amá-lo em cores, mal ele saberá e melhor que esqueça antes que tropece em sua profundidade magnética, 'mundo, mundo, vasto mundo'.
sábado, 30 de maio de 2009
Maio
Agora, perto, atinge a distância imensurável do que não se controla. Pânico, escorre pelos dedos, viscosidade inválida, não prende, não guarda e no entanto valeria mil abismos. Não é amor, nem ideologia, é dilema. O caso é casado com o descaso do que na verdade descasca. Diz casca, onde deixou meu vínculo que não enxergo a não ser na escuridão da pálpebra cerrada? Diz! Porque o que sinto sinfonia. O que ouço se move e o que se move se colorimetria. Mas que parte existe e qual outra se cria?
domingo, 29 de março de 2009
Abisséu
É essencial temer.
O quê? Não sei.
E o que digo pode nem ser imbuído de verdade. E não é.
A verdade reside na mentira, a partir do milésimo de instante em que não é absoluta.
E se segurar sua mão significa mais a outrem do que a nossa universalização de encontro, então é melhor que não se vejam, que não se toquem, nem acenem. É melhor que minha idéia corra da sua. E uma sinapse sofra regressão.
O que é talvez a coisa mais estúpida que eu vim dizer nessa caixa de texto.
Mas para alguém que antes se escondia atrás de um caderno e por enquanto se esquiva atrás de números, talvez o melhor seja voltar aos mundos internos. Onde a solidão é só um acompanhamento provisório.
Os papéis de tanta inversão sumblimaram, e agora gotejam,
segunda-feira, 5 de janeiro de 2009
Assalto à-moral
- O centro tá cheio hoje, hein?
- É...
- Acha que vão te comprar?
- Quê isso, bróder, tô acabadona e tu?
- Ah, sou muito cara e não vejo socialites por aqui.
- É, tá loco, mano, medão de ser assaltada ou morrer.
- Verdade.. Como que era lá no morro?
- Fogos de artifício e tiro ao alvo sem prendinhas. E lá no aparti?
- O garanhão não trabalhava, vivia de herança, mas depois de tanta amante perdeu tudo na justiça.
- Sei como é... Ah, nem... bem que podiam tirar a gente do sol, né?
- ih... Olha lá o tipo, hein?
- Tirou uma nota de cem, mano, burguês vestido de tráfico.
- De vez em quando, eu acho que eles são um povo só.
- E são, mas fingem que não.
- Olha o arrumadinho, aí.
"Assalto!" "Assalto!"
Roubaram tudo e as cadeiras foram quebradas.
Tatuagem
Na imensidão do Homem existe um abismo que só pode ser visto sob a óptica do risco no papel. Que nem sempre foi papel. Foi pedra pintada por antigas civilizações, outras vezes entalhada. Até chegar na forma branquinha, houve um caminho árduo com papiros e pergaminhos. E não pôde ser a bruta mão humana quem continuava a pintá-la, dedo a dedo, ou um pedaço de pedra, primeiro veio a pena. Com ela, tinteiros se derramaram de cartas, petições, notícias, livros e desenhos.
Caminhando com uma caneta no bolso, eu carrego a obra prima da tradução da humanidade, lei a lei, regra a regra, linhas permeadas ou não de poesia. Quem olha de longe, tão comum, pensa, " é uma moça com caneta no bolso", "só". Mas dentro do tecido da minha calça cabem coisas incabíveis, que conseguem apenas transbordar para o mundo. É por isso que passo noites inteiras de insônia com a mão coçando. De tantas idéias saltando, elas escorrem e fogem do tempo de riscá-las no papel branco.
Branco, como milhares de cores juntinhas e girando rapidamente. Entre pilhas de guardanapos e chamex, as paredes da humanidade soerguem nesse abismo louco chamado linguagem. Discurso a discurso, o papel segue o curso que a caneta comanda, num rio de tinta de correnteza, que a mão realiza por não conseguir deixar de ser parte. E nesse depende-e-depende, o Homem não vive sem a caneta, nem ela sem o papel, assim como o papel não tem sentido sem o Homem.
Caminhando com uma caneta no bolso, eu sou Homem e papel, e, papel e Homem, me rabisco.
terça-feira, 30 de dezembro de 2008
segunda-feira, 29 de dezembro de 2008
domingo, 30 de novembro de 2008
terça-feira, 11 de novembro de 2008
Entrefolhas.
"Antes de volver a dormirme
imaginé (vi) un universo plástico, cambiante,
lleno de maravilloso azar,
un cielo elástico,
un sol que de pronto falta
o se queda fijo
o cambia de forma."
Music Playlist at MixPod.com
Visitar a sua cidade natal, mesmo que você a freqüente em 15 e 15 dias, pode ser um tanto estranho ou, quem sabe, pertubador, se, há mais de seis anos, alguns meses, outros dias e muitos segundos, você não volta àquele específico lugar em busca da pessoa, justamente, a pessoa, que já se sabe o desparadeiro. Quero dizer, ontem, isso, ontem, eu rumei pr'aquela bendita instância, buscando as respostas que conjeturam aglomerados de perguntas, desencontradas em qualquer outro posto avançado. E é esquisito como que, por mais que a cidade cresça, aquele prédio de finanças continua com o mesmo cartum desgastado de 30 anos, um bonequinho de nariz gorducho e corpo no formato de bacilo de Koch. Na verdade, esquisito é se lembrar perfeitamente como que, em torno dos 8 anos, adorava aqueles olhos esbugalhados que talvez me provocassem um riso frenético.
Hoje, não mais.
E as caras das pessoas, antes tão familiares, já o são tão disformes. Em seu conformismo, povoam as ruas, deformam a paisagem antiga que eu procuro. Procuro. Nada. Será que errei o caminho? Disfarço, olhando de rabo de olho nas placas das ruas, os nomes idênticos, tento me convencer que não, mas a rachadura, no canto esquerdo, no endereço da casa da rua principal, não deixa esconder o fato de que fui eu quem a causara.
Por incrível que pareça, perdida, no meio do subúrbio, existe uma mata particular, não tão densa quanto uma mata deve ser, mas mais densa que qualquer mata de significado. Atrás dos portões de madeira rústica, escondia-se um senhor e sua senhora e ao pé da cama uma dama da noite. Escondia-se também o senhor dele mesmo no meio de muitos livros. Escondia-se tanto que tinha receio de deixar a porta aberta, lá fora era só sua senhora, dentro, não era ele nem sua senhora, era capítulo, tinta, pólen e pena. Interno, podia confessar todos os pecados de quem quer que fosse, picá-los, despicá-los, misturando-se, enfim, aos sonhos. Sonhava com fragmentos de muita gente. Queria ser capaz de unir mundos, chocar mundos, fazer terremotos, mas para isso só tinha palavras. Signos de diferentes origens, tanto figuradas quanto geográficas, uniam-se em discursos sonoros da brisa que roçava as jabuticabeiras e amoreiras.
Cuidava da sua horta aos fundos como que dos filhos que já haviam crescido. Cuidava mais por esperança, as plantas tendem a nos obedecer. Embora gostasse mesmo era da bagunça, raíz que infiltrava por todo lado, folha seca que só o vento tinha permissão para levar, flor nova, flor jovem, flor passa, o tempo em tudo.
E eu ali.
Era o quê, meu Deus? Talvez me encarregasse de que as folhas não seguissem sempre a mesma ventania, trocando-as de lugares com meus pés de curto mundo. Talvez alguém que tinha muito medo e o matava de pouco para não fazer sangria. Talvez caminhasse com mais certeza de que hoje e só lamenta ter deixado velhos esconderijos, que de tão bons nem assim eram chamados. Eram mesmo seus segundos lares, enquanto que quem visse de fora mirava apenas uma menina quieta no meio de muitas, muitas, plantas e uma conseqüente reação alérgica que levava sua mãe à loucura. Podia ser empolação de tanto contato inseticídeo ou falta de pudor ao abrir uma porta no chão de um xalé, abaixo de um tapete vermelho com desenhos azuis, onde se escondia uma adega e muito mofo evidente.
E ontem.
Ontem, eu fiz questão de usar o sapato mais baixo, o short mais curto e a blusa mais cavada, só para ter a certeza de antes, ao me esparramar por aquela grama, em que cada poro à vista fosse irremediavelmente acometido por brisa, bicho, empolação, livro, mofo, adega, rubro de amora-madura, esconderijo, pitanga, pedras gigantes e lisas, o senhor e sua senhora. O que pode ser algo que o cartum de 30 anos remeta a uma pessoa ou um pé de figo invisível ou órion ou um endereço riscado ou um texto bobo feito esse.
É que, inebriados nisso tudo, ficamos nós entre o tempo.
Ficamos nós entrefolhas.
terça-feira, 28 de outubro de 2008
Até a terra dos medos (parte 1)
"el uno en el pucho del otro, nos frotábamos con los ojos, estábamos tan de acuerdo en todo que era una vergüenza,..."
nos esfregávamos com os olhos,
estávamos tão de acordo em tudo
que era uma vergonha,...)
Agora via o portão entreaberto no qual a água ricocheteava, respingando no seu rosto. Preferia ignorar qualquer erro, pensou, quase tomando as grades azuis descascadas com o punho esquerdo. Menos aquilo. Um corpo, quase um homem, solapara no asfalto, arrastado pela jorrada, vindo bater na grade dois metros ao seu lado. Caminhou na sua direção. Sangrava, mas seus olhos continuavam absortos, não aparentava dor. Apoiou-o em seus braços e enquanto adentrava o asilo ele parecia não se importar. Na verdade, parecia mesmo nem notar a sua presença, como se ainda estivesse sendo levado pela chuva.
A sombrinha entrou guiada pela corrente de água no nicho que a porta aberta deixara, batendo nos pés de um idoso.
-Belinda, você voltou?
-Não, Serafim, sou eu! Preciso de ajuda, vá chamar os outros enfermeiros.
Ela pegou a maca já em desuso, devido aos mínimos acidentes que ocorriam, e o depositou. Guardou-o ali como se fosse uma caixa perfeita. Geometricamente perfeita. Olhou em seus olhos outra vez. Lembravam vidro. Será que havia perdido muito sangue? Não, Não... tinha certeza de que o trouxe o mais rápido que pôde. Foi chegando mais próxima do rosto, devagar... Encostou sua testa na dele. Piscou.
-Eu não sinto nada.
Esborrachou apavorada e desconcertadamente, ele tinha alma afinal.
-E só agora me diz que vive? Como não sente?
-Tenho CIPA, não sinto dor.
-Oras, mas supostamente você deveria sentir ao menos a pressão do toque.
-É, creio que minhas fibras de compressão atrofiaram ou de tanto só sentir esboço, esqueci de apontar o lápis outra vez.
-De qualquer forma, não sairá daqui até cuidar desses ferimentos... é.. hã...
-Ernesto.
A enfermeira sorriu.
-Os outros devem estar a caminho.
-Obrigado, Marcela.
-Por nada... Ah!Como sabe...
-Quem não sente nada, ao menos alguma coisa tem que enxergar.
-O quê?
-Seu crachá.
-Já tinha...
-Eu sei. Pode ir, não se incomode.
Saiu atrás do seu guarda-chuva, um tanto embarassada, sabendo que teria que ler novamente a mesma história para o Senhor Carmela. Já se estranhando, trouxe a esse asilo a entrada de duas almas - temporalmente avessas.
segunda-feira, 20 de outubro de 2008
Dispo o vento.
sexta-feira, 17 de outubro de 2008
A-pesar
quinta-feira, 16 de outubro de 2008
Precisa-se de
sábado, 11 de outubro de 2008
Em 1977
Lygia Fagundes Teles: - Eis o que me perguntam sempre: compensa escrever? Economicamente, não. Mas compensa - e tanto - por outro lado através do meu trabalho fiz verdadeiros amigos. E o estímulo do leitor? E daí? "As glórias que vêm tarde já vêm frias", escreveu o Dirceu de Marília. Me leia enquanto estou quente. "
(o Rodrigo merece ouvir isso)
~*~
terça-feira, 7 de outubro de 2008
domingo, 28 de setembro de 2008
olá, minhas caraminholas! (;
Trouxe mais uma mini-leva de poeminhas de bolso:
" De Casco
Seja casulo ou carapaça
na cabeça do poeta
só existe um dilema
sem cruz ou espada:
asa ou caneta, eis a questão? "
~*~
" Lamber o céu com o suor dos dedos
(Os Acordes de Deus) "
~*~
(ainda não sei o que fazer com isso no livro2) "
~*~
"Primeiro olhou para si naquela posição fetal, vasculhando a vida alheia feito criança curiosa. Depois o degrau. O seu número, mas não era seu nome. Será que podia... ou era evasivo demais? Já tocava as letras, antes mesmo de pensar se certo ou errado, tocava... To... ca... va...
Ilana se deliciava com cada canto de versátil aspereza, o cume ou vale de signos, que, confusamente, sentia que eram seus. Tomar posse ou não, no fundo somos todos uma salada, uma progressão de infinitos termos que se misturam aleatoriamente em seres que podem ou não se conhecer.
Bateu. "
~*~
Nada de superhiperultramegapowermasterblaster, mas é que achei que devia retribuir as visitas caridosas. (:
Recados:
-Evy:Flor, quando saíremos eu, você e o Rôs?
-Rôs: Continuo gostando dos seus comentários em branco.
-Solin: Como anda a leitura do livro? Espero que esteja entendendo, não pude te acompanhar como queríamos... Mande-me sinais de vida.
-Márcio: deep, deep. Desculpa minha ausência. Continuo estocando o feijão, bróder. Nosso pf não vai ficar sem haver.
-Odranoel: Querido, obrigada pelas recentes visitas. (:
-Luiz Felipe Leal: É um prazer te ter no blog, mesmo com duas palavras. hum! Tenho uma leve e consistente impressão de que conheço a música do seu site de verbo reflexivo. Achei bonito o espaço. Lau disse que estava em busca de material, vou mandar umas edições de jornais próprios e amigos, todos independentes. Espero que goste.
-Paty: Volte sempre. (:
-Anônimo: Seria muito óbvio perguntar quem é, certo? Muito grata.
-Luna:Uma flor para você.
-fantasmas: "Eu seeeeei que vocês ainda me habitam", berrou coloridades, o blog-aprendiz.
domingo, 24 de agosto de 2008
Ai, eu sei...
Que seja. Para completar a tríade de carga horária excessiva, dúvidas escabrosas e provas ordinárias, me mudei. Quero dizer, de casa, endereço e telefone. Opa! Vejamos, sem telefone. E internet só com lista de espera no condomínio. Então, nem as madrugadas me deixam postar coisas. Sim, estou com saudades. Dos melhores comentários do mundo, mesmo que vazios, mesmo que sem signos, sem nome. Esse blog guarda muito de mim. O resto... Ah, o resto! Fica nas pessoas, nas gavetas de papéis e fotos, na biblioteca.
Talvez exista um pouco de mim em um cd,.. Mas só se fosse o cd. O cd que fosse só do Bruno... Ultimamente, ele que musica tudo meu. Tem vez que só me traduz. Tem vez que ele diz tudo e acha que não disse nada. Tem vez que não tem vez nenhuma e é aí que tem. E nem é caso de amor. Quem sabe? Amor tem lá suas variadas formas. O Bruno distante me entende de perto. Poucas pessoas fazem isso. O que inclui a Evellyn, o Rodrigo e o Márcio. Batendo asas, em silêncio, malemolente e ácido, nessa ordem, eles fazem meu mundo.
Outro dia, escrevi um texto de nome "Tatuagem", só aí que eu entendi onde que me cabe com eles no mundo, entalhado em braille na carne viva:
eu sou Homem e papel;
e papel e Homem,
me rabisco."
segunda-feira, 21 de julho de 2008
(escrevi para alguém)
quinta-feira, 17 de julho de 2008
Confissões de um diário
Tralhas
~
Se essa história
Se essa história fosse sua
Eu mandava
Eu mandava loucurar
Com idéias
Com idéias de brilhante
Só pro meu
Só pro meu amor passar
Nessa história
Nessa história tem um câncer
Que se chama
Que se chama solidão
Dentro dele
Dentro dele mora um anjo
Que roubou
Que roubou meu coração.
~
Autopsia
Mãe Órfã.
~
"Por hoje é só, pessoal."
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